Poupe energia, reduza a sua pegada de carbono e reduza a sua fatura de eletricidade: a energia geotérmica é uma tecnologia inovadora que está a transformar a forma como as sociedades obtêm, armazenam e beneficiam da energia. Não é nenhuma surpresa que a procura de serviços geotérmicos no norte de Portugal e noutros países esteja a aumentar.
A história da energia geotérmica remonta ao século XV, quando os habitantes da Groenlândia utilizavam o calor da crosta terrestre para aquecer estufas e distribuir água quente de fontes termais naturais.
Foi o italiano Niccolo Zeno quem descobriu e registrou essas invenções geotérmicas da população da Groenlândia. Por outro lado, inúmeras culturas do passado utilizaram a energia geotérmica para aumentar o bem-estar humano: desde os ameríndios até aos antigos romanos, como evidenciam os banhos romanos de Bath, em Somerset (Inglaterra). Isto significa que os usos geotérmicos mais remotos têm mais de 10 mil anos.
Mais tarde, François de Larderel aproveitou com sucesso os vapores geotérmicos emitidos pela superfície terrestre em Larderello, uma cidade toscana que deve o seu nome precisamente ao pioneiro francês. No entanto, admite-se que o primeiro grande revolucionário desta tecnologia foi outro italiano, Giovanni Conti, que promoveu em Larderdi um projecto de conversão de energia térmica em energia eléctrica no início do século XX.
Contra todas as probabilidades, esta primitiva central geotérmica conseguiu extrair energia suficiente para manter activas uma série de lâmpadas incandescentes. Hoje, a central eléctrica de Larderdi permanece plenamente operacional, fornecendo electricidade à rede ferroviária das regiões do centro de Itália.
Poderíamos pensar que este feito desencadeou uma reacção em cadeia, estimulando outros países a desenvolverem as suas próprias centrais geotérmicas. A realidade é muito diferente, uma vez que a segunda destas iniciativas só ocorreria em meados do século, no assentamento neozelandês conhecido como Wairaket.